O que comer para emagrecer com saúde? Descubra as orientações mais atualizadas

 Saiba o que a ciência diz sobre alimentação ideal para tratar a obesidade, com foco em saúde e manutenção do peso.

A alimentação tem um papel muito importante no tratamento da obesidade

Mas hoje a gente já sabe que não adianta só cortar calorias — é preciso cuidar da qualidade da comida, das porções e da rotina alimentar.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o plano alimentar deve ser:

  • Individualizado
  • Sustentável

Parte de uma abordagem maior, com apoio psicológico e incentivo à atividade física (1)

E o que a criança pode comer? 

A resposta é: depende. Não existe uma única dieta certa, mas sim padrões alimentares saudáveis que funcionam melhor para cada caso.

👉 Dieta mediterrânea, low-carb, baseada em vegetais ou com pouca gordura: todas podem funcionar, desde que bem orientadas e com boa adesão (2).

O mais importante não é o tipo da dieta, mas a constância.

“A melhor alimentação é aquela que a criança consegue manter no dia a dia, sem sofrimento.”

Comida de verdade é melhor que contar calorias

Hoje os especialistas dizem: não basta contar calorias. A qualidade dos alimentos faz toda a diferença. Alimentos ultraprocessados, por exemplo, mesmo com o mesmo número de calorias, podem causar mais ganho de peso e inflamação (6).

A recomendação é priorizar:
✅ Frutas, verduras, legumes
✅ Grãos integrais
✅ Proteínas magras
✅ Gorduras boas (azeite, abacate, castanhas)

Dietas muito restritivas não funcionam a longo prazo. Cortar muitas calorias pode fazer o corpo reagir, com:

  • Diminuição do metabolismo
  • Perda de massa magra
  • Recuperação rápida do peso depois

O ideal é um plano alimentar com redução moderada de calorias (500 a 750 por dia), mantendo a ingestão adequada de proteínas (9).

Como manter o peso depois?

O maior desafio do tratamento da obesidade é manter o peso depois da perda inicial.

Pessoas que conseguem manter o peso perdido por muitos anos costumam:
✅ Pesam-se com frequência
✅ Mantêm os mesmos hábitos alimentares
✅ Praticam atividade física regularmente
✅ Não pulam o café da manhã (10)

Outras dicas importantes:

  • Planejar as refeições com antecedência
  • Continuar com apoio de um nutricionista
  • Monitorar os gatilhos emocionais para comer
  • Praticar “comer com atenção” (mindful eating) (13)

Cada pessoa responde de um jeito. A genética, a microbiota intestinal e até o quanto um alimento altera a glicose variam de pessoa para pessoa. Por isso, o acompanhamento individualizado faz toda a diferença (12).

“Mais importante do que perder peso é ajudar a criança a ter uma relação saudável com a comida.”

🧬 O que aprendemos hoje?

  • A alimentação é parte essencial do tratamento da obesidade, mas não basta cortar calorias — é preciso focar na qualidade, no equilíbrio e na constância.
  • Dietas muito restritivas não funcionam a longo prazo; o melhor plano alimentar é aquele que a criança consegue manter com bem-estar.
  • A chave para manter o peso e a saúde está em hábitos duradouros, apoio profissional e uma relação positiva com a comida.

Aqui no Clube da Saúde Infantil, acreditamos: crescer com saúde é mais legal!

📚 Referências Bibliográficas

  1. ABESO. Diretrizes Brasileiras de Obesidade. 2016.
  2. Ge L, et al. BMJ. 2020;369:m696.
  3. Estruch R, et al. N Engl J Med. 2018;378(25):e34.
  4. Athinarayanan SJ, et al. Front Endocrinol. 2019;10:348.
  5. Satija A, et al. PLoS Med. 2016;13(6):e1002039.
  6. Hall KD, et al. Cell Metab. 2019;30(1):67-77.e3.
  7. Fothergill E, et al. Obesity. 2016;24(8):1612-9.
  8. Purcell K, et al. Lancet Diabetes Endocrinol. 2014;2(12):954-62.
  9. Leidy HJ, et al. Am J Clin Nutr. 2015;101(6):1320S-9S.
  10. Thomas JG, et al. Am J Prev Med. 2014;46(1):17-23.
  11. Montesi L, et al. Diabetes Metab Syndr Obes. 2016;9:37-46.
  12. Zeevi D, et al. Cell. 2015;163(5):1079-94.
  13. Warren JM, et al. Nutr Res Rev. 2017;30(2):272-83.