Asma infantil, autoestima e bullying: como promover inclusão na escola
Crianças com asma precisam de apoio emocional na escola. Saiba como evitar o bullying, fortalecer a autoestima e promover inclusão.

Crianças com asma: muito além da respiração
A asma não afeta apenas o corpo. Muitas crianças com asma enfrentam dificuldades emocionais e sociais, principalmente na escola. Sentir medo de ter uma crise, ser excluída das brincadeiras ou virar alvo de piadas pode prejudicar a autoestima e o desenvolvimento dessas crianças.
Cerca de 3 a cada 10 crianças com asma evitam se envolver em atividades escolares ou sociais por receio de passarem mal. Isso pode levar ao isolamento e tristeza, atrapalhando a formação de amizades e a participação nas aulas.
Bullying e preconceito: como isso afeta quem tem asma?
Infelizmente, o bullying relacionado à asma é uma realidade. Algumas crianças já foram alvo de apelidos maldosos, excluídas de jogos ou criticadas por usar bombinha. Também há quem acredite, de forma errada, que a asma é “contagiosa”.
Essas atitudes afetam a confiança da criança e aumentam o risco de ansiedade e tristeza. Estudos mostram que crianças com doenças crônicas, como a asma, têm mais chances de sofrer bullying do que outras.
Por isso, é essencial que a escola:
- Explique para todos os alunos o que é asma, de forma clara e amigável
- Ensine respeito e empatia desde cedo
- Crie regras claras contra qualquer tipo de bullying
- Prepare professores e funcionários para agirem ao perceberem exclusão ou ofensas
Como fortalecer a autoestima de quem tem asma?
Com apoio e cuidado, crianças com asma podem se sentir seguras, confiantes e incluídas. Algumas ações simples ajudam muito:
- Falar sobre a asma com naturalidade, sem fazer disso um tabu
- Valorizar o que a criança faz bem, ao invés de focar nas limitações
- Dar espaço para que ela se expresse e diga como se sente
- Incentivar que ela aprenda a cuidar da própria saúde, com autonomia
- Mostrar que ela pode participar das atividades, com as adaptações necessárias
Crianças que entendem sua condição e se sentem capazes de lidar com ela tendem a ter menos vergonha e mais vontade de participar.
Inclusão é responsabilidade de todos
Toda escola pode — e deve — ser um lugar acolhedor para quem tem asma. Para isso, é importante:
- Adaptar atividades físicas quando preciso, sem excluir
- Criar oportunidades de participação em diferentes funções
- Conversar com os colegas de classe sobre como ajudar
- Estimular atitudes solidárias e respeitosas entre as crianças
- Celebrar conquistas, mesmo que pequenas
As escolas que fazem isso com atenção e cuidado veem resultados muito positivos: menos faltas, mais participação, melhor desempenho e crianças mais felizes.
E se a criança estiver triste ou ansiosa?
A asma pode afetar as emoções. Por isso, pais e professores devem observar com atenção sinais como:
- Tristeza ou irritação frequente
- Dores sem causa clara, como dor de cabeça ou de barriga
- Medo de ir à escola ou participar de atividades
- Queda nas notas sem explicação
- Vergonha de usar a bombinha ou falar da doença
Se notar algo assim, é importante conversar com a criança, envolver a família e buscar apoio psicológico. Um plano de cuidados que inclui o corpo e as emoções faz toda a diferença.
Cuidar da saúde emocional também é tratar a asma
Quando a escola entende que saúde não é só física, tudo muda. Crianças com asma precisam de apoio para respirar melhor — mas também para brincar, aprender, se expressar e fazer amigos como qualquer outra criança. Incluir, acolher e respeitar é parte do tratamento.
🧬 O que aprendemos hoje?
- A asma pode afetar a saúde emocional e social das crianças, causando insegurança, medo e até isolamento.
- O bullying e a exclusão pioram o bem-estar de quem tem asma e devem ser combatidos com empatia, informação e regras claras.
- Cuidar da saúde emocional, fortalecer a autoestima e promover a inclusão são partes essenciais do tratamento da asma infantil.
Aqui no Clube da Saúde Infantil, acreditamos: crescer com saúde é mais legal!