Direitos educacionais de crianças com asma: o que a escola deve garantir

Crianças com asma têm direitos garantidos por lei na escola. Saiba o que é obrigatório, como exigir adaptações e onde buscar apoio.

Toda criança com asma tem direito a aprender com segurança

A asma não pode ser motivo para uma criança ser excluída das aulas ou de atividades escolares. No Brasil, existem leis que garantem o direito à educação de qualidade para todas as crianças, inclusive aquelas que têm doenças crônicas como a asma.

A Constituição, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e outras leis mostram que a escola deve se adaptar para atender às necessidades da criança — e não o contrário. Isso inclui garantir um ambiente seguro, respeitar os limites de saúde e fazer adaptações quando necessário.

O que a escola é obrigada a oferecer?

A escola deve garantir que a criança com asma:

  • Participe das aulas com segurança
  • Receba apoio quando tiver uma crise
  • Tenha seu plano de cuidados respeitado
  • Possa usar seus remédios quando necessário
  • Não seja excluída de atividades por causa da condição

Mesmo que a asma não seja considerada uma deficiência, a lei brasileira diz que alunos com condições de saúde que impactam o aprendizado têm direito a adaptações.

E se a escola não ajudar?

Se a escola não fizer as adaptações necessárias, a família pode:

  1. Falar com a direção da escola e registrar por escrito o pedido
  2. Levar laudos médicos explicando a situação da criança
  3. Procurar a Secretaria de Educação (municipal ou estadual)
  4. Acionar o Conselho Tutelar, que protege os direitos da criança
  5. Pedir ajuda à Defensoria Pública ou ao Ministério Público

Em casos mais graves, é possível entrar com ação na Justiça. Há decisões que obrigam escolas a se adaptarem, garantindo o direito à educação com saúde e segurança.

A escola pode ser responsabilizada?

Sim. Se a escola não tomar os cuidados necessários e a criança passar mal ou tiver complicações, ela pode ser responsabilizada. Isso é chamado de responsabilidade civil. A escola deve:

  • Ter o plano de ação da criança com asma
  • Treinar professores e funcionários
  • Garantir acesso a medicação e atendimento rápido
  • Evitar exposição a fatores que causam crises

Cuidar bem das crianças com asma não é só uma obrigação legal — é um ato de respeito e responsabilidade.

Políticas públicas que apoiam a inclusão

O Brasil tem políticas que ajudam as escolas a cuidar melhor de alunos com condições de saúde como a asma. Um exemplo é o Programa Saúde na Escola (PSE), que integra ações de saúde e educação. Algumas cidades e estados também criaram protocolos específicos para crianças com asma.

Ainda assim, essas ações nem sempre chegam a todas as escolas. Por isso, é importante que famílias e educadores cobrem a aplicação das políticas públicas e busquem apoio de associações e serviços de saúde.

Educação e saúde caminham juntas

Para a criança com asma, ir à escola com tranquilidade é um direito. Aprender, brincar, conviver e se desenvolver só é possível quando a saúde é respeitada. Pais, professores e toda a comunidade escolar têm um papel importante para garantir que nenhum aluno seja deixado para trás por causa de sua condição de saúde.

🧬 O que aprendemos hoje?

  • Toda criança com asma tem o direito de estudar com segurança e participar de todas as atividades escolares.
  • A escola tem obrigação legal de fazer adaptações, seguir o plano de cuidados e garantir um ambiente seguro.
  • Quando educação e saúde andam juntas, a criança com asma pode aprender, brincar e crescer com mais liberdade e proteção.

Aqui no Clube da Saúde Infantil, acreditamos: crescer com saúde é mais legal!