Como o Brasil pode vencer a desnutrição infantil nos próximos anos

Saiba o que o Brasil precisa fazer agora para evitar o aumento da desnutrição infantil nos próximos anos.

Hora de agir: o tempo está acabando

Se nada mudar, o Brasil pode ver um aumento de até 18% na desnutrição crônica infantil em regiões vulneráveis até 2030. Isso significa que mais crianças podem crescer com dificuldades de aprendizado, saúde e desenvolvimento.

Esse cenário piorou com a pandemia da COVID-19 e com o aumento da insegurança alimentar em várias partes do país.

“Temos pouco tempo para agir. Se investirmos bem nos próximos cinco anos, podemos evitar que toda uma geração sofra com os efeitos da desnutrição.”

Investir em nutrição é bom para o país

Estudos mostram que, para cada R$ 1 investido na nutrição infantil, o Brasil pode economizar entre R$ 7 e R$ 16 no futuro com saúde, produtividade e qualidade de vida.

Se o país investir de forma coordenada em programas de:

  • Transferência de renda
  • Alimentação saudável
  • Educação alimentar

… pode reduzir a desnutrição em até 40% nas áreas mais afetadas em apenas cinco anos.

O que os especialistas recomendam?

As soluções precisam ser completas e integradas. Só um programa isolado não resolve o problema. O que pode funcionar de verdade é:

  1. Renda para quem precisa, com valor suficiente para garantir alimentação saudável
  2. Merenda escolar com alimentos regionais, feita por nutricionistas
  3. Busca ativa de crianças desnutridas, especialmente em comunidades vulneráveis
  4. Acompanhamento na saúde básica, desde o pré-natal até os primeiros anos de vida
  5. Educação alimentar para famílias, com informações simples e práticas

“O maior problema hoje é a falta de união entre as áreas. Precisamos que saúde, educação, assistência social e agricultura trabalhem juntas com metas claras.”

O que deu certo em outros países?

Países como Peru e Bangladesh conseguiram reduzir bastante a desnutrição. Como?

  • Definiram metas
  • Acompanharam os resultados de perto
  • Cobram os gestores públicos pelos avanços

O Brasil pode adaptar esses modelos, respeitando suas realidades locais.

Inovação e tecnologia a favor da nutrição

A tecnologia também pode ajudar muito:

  • Aplicativos para agentes de saúde ajudam a identificar crianças desnutridas com mais rapidez
  • Mapas digitais mostram onde estão os pontos críticos de desnutrição

Em alguns municípios do Nordeste, isso ajudou a reduzir em até 40% o tempo entre o alerta e a ação

A força das comunidades

Além dos governos, as comunidades também fazem a diferença:

  • Redes locais de monitoramento identificam casos que o governo não vê
  • A participação popular fortalece a cobrança por políticas mais eficazes
  • Onde a comunidade participa, a resposta é mais rápida e eficaz

“Quando a população participa do cuidado e da vigilância, todos ganham: as famílias, as crianças e o país.”

Reativar o CONSEA: um passo essencial

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) foi fundamental para que o Brasil saísse do Mapa da Fome em 2014.
Reativar o CONSEA com a participação da sociedade civil pode ajudar a:

  • Unir diferentes setores do governo
  • Criar políticas duradouras.

Proteger o direito à alimentação saudável.

A luta contra a desnutrição é também uma luta por justiça

O acesso à alimentação saudável é um direito humano. Por isso, não basta oferecer ajuda pontual. É preciso:

  • Enfrentar o racismo estrutural
  • Reduzir desigualdades regionais

Combater a concentração de terras e alimentos

 O que o Brasil precisa fazer agora?

Para reduzir de verdade a desnutrição infantil, o Brasil precisa de:

  • Compromisso político contínuo (independente de quem está no governo)
  • Integração entre as políticas públicas
  • Participação ativa da população
  • Investimento com visão de longo prazo.

🧬 O que aprendemos hoje?

  • A desnutrição infantil continua crescendo em regiões vulneráveis e pode piorar ainda mais se nada for feito.
  • Investir em nutrição infantil é uma das formas mais inteligentes e econômicas de garantir saúde, educação e desenvolvimento para o Brasil.
  • Com união entre áreas, participação da comunidade e ações bem coordenadas, é possível mudar esse cenário — e o momento de agir é agora.

Aqui no Clube da Saúde Infantil, acreditamos: crescer com saúde é mais legal!