Novas terapias para asma infantil: O que esperar nos próximos anos

Novas terapias para asma infantil: medicina de precisão, tratamentos preventivos, biológicos e tecnologias que prometem transformar o cuidado.

Futuro do Tratamento da Asma Infantil

Os avanços científicos estão transformando o tratamento da asma infantil, abrindo caminho para abordagens mais personalizadas e preventivas. Em vez de apenas controlar os sintomas, novas terapias prometem modificar a evolução da doença (1).

👉 O futuro do tratamento da asma envolve intervenções cada vez mais personalizadas, com foco na prevenção e na modificação do curso da doença.

Medicina de Precisão e Novas Terapias

A medicina de precisão permite tratamentos específicos para cada criança, com base em exames genéticos e biomarcadores. Estudos mostram que crianças com perfis genéticos específicos podem responder melhor a certos medicamentos, evitando o atual método de tentativa e erro (2).

Os biológicos de nova geração, que bloqueiam várias vias inflamatórias ao mesmo tempo, estão em fase de testes e podem ser mais eficazes para asma grave. Já estão sendo desenvolvidos anticorpos que podem ser inalados, reduzindo efeitos colaterais (3).

Terapias Preventivas e Modificadoras da Doença

Pesquisas estão investigando terapias que possam prevenir o desenvolvimento da asma em crianças com alto risco. Intervenções precoces, durante os primeiros anos de vida, podem reduzir o risco de asma em até 40% (4).

A terapia gênica é uma possibilidade futura, mas ainda em fase experimental. Ela busca corrigir alterações genéticas associadas à asma grave, oferecendo um tratamento potencialmente definitivo (5).

A microbiota intestinal também está sendo estudada como alvo terapêutico. Probióticos específicos e transplantes de microbiota podem ajudar a prevenir crises e reduzir a inflamação nas vias aéreas (6).

Tecnologia e Mudanças Climáticas

Dispositivos vestíveis, como pulseiras e relógios, podem monitorar sinais de alerta, como alterações na respiração e níveis de poluentes no ar. Esses dispositivos podem enviar alertas para pais e médicos, permitindo intervenções mais rápidas (7).

Aplicativos equipados com inteligência artificial podem prever crises com base em dados de qualidade do ar, atividade física e padrões de sono. Em um estudo, esses sistemas reduziram as crises em até 35% (8).

As mudanças climáticas também impactam o controle da asma. O aumento da poluição e a maior concentração de alérgenos no ar podem aumentar as crises asmáticas em crianças. Sistemas de alerta sobre poluentes e pólen estão sendo desenvolvidos para ajudar as famílias a se prepararem melhor (9).

👉 O aumento da temperatura global e a poluição do ar podem agravar a asma infantil, tornando os sistemas de alerta precoce essenciais para a prevenção de crises.

🧬 O que aprendemos hoje?

  • O futuro do tratamento da asma infantil caminha para a personalização, com uso de genética, biomarcadores e novos medicamentos biológicos mais eficazes e com menos efeitos colaterais.
  • Terapias preventivas e modificadoras, como intervenções precoces e uso de probióticos, prometem reduzir o risco e a gravidade da asma desde os primeiros anos de vida.
  • Tecnologias como wearables e inteligência artificial ajudam a prever crises, enquanto as mudanças climáticas reforçam a necessidade de sistemas de alerta e cuidados ambientais.

Aqui no Clube da Saúde Infantil, acreditamos: crescer com saúde é mais legal!

📚 Referências Bibliográficas

  1. Fleming L, Heaney LG. Individualised medicine: from biomarkers to phenotypes and endotypes in severe asthma. Eur Respir J. 2021;57(5):2004111.
  2. Ortega H, Lemiere C, Heaney LG, et al. Severe eosinophilic asthma treated with mepolizumab in children: a randomized, controlled trial. Pediatr Pulmonol. 2022;57(8):2039-2048.
  3. Corren J, Parnes JR, Wang L, et al. Tezepelumab in adults with uncontrolled asthma. N Engl J Med. 2021;384(19):1800-1809.
  4. Holt PG, Sly PD, Sampson HA, et al. Prophylactic use of sublingual allergen immunotherapy in high-risk children: a pilot study. J Allergy Clin Immunol. 2021;147(5):1738-1741.
  5. Canestaro WJ, Edwards TC, Patrick DL. Systematic review: gene-editing technology in asthma research. J Asthma Allergy. 2022;15:31-42.
  6. Stokholm J, Blaser MJ, Thorsen J, et al. Maturation of the gut microbiome and risk of asthma in childhood. Nat Commun. 2018;9(1):141.
  7. Bui AAT, Hosseini A, Rocchio R, et al. Biomedical REAl-Time Health Evaluation (BREATHE): toward an mHealth informatics platform. JAMIA Open. 2020;3(2):190-200.
  8. Chan AHY, Stewart AW, Harrison J, et al. The effect of an electronic monitoring device with audiovisual reminder function on adherence to inhaled corticosteroids and school attendance in children with asthma: a randomised controlled trial. Lancet Respir Med. 2015;3(3):210-219.
  9. Poole JA, Barnes CS, Demain JG, et al. Impact of weather and climate change with indoor and outdoor air quality in asthma: a Work Group Report of the AAAAI Environmental Exposure and Respiratory Health Committee. J Allergy Clin Immunol. 2019;143(5):1702-1710.