Como integrar saúde, educação e assistência social no combate à desnutrição infantil
Conselhos, comitês e políticas integradas ajudam municípios a enfrentar a desnutrição infantil com ações coordenadas entre diferentes áreas.

Quando todo mundo trabalha junto, a criança cresce melhor
A desnutrição infantil não tem uma única causa. Ela envolve saúde, educação, renda, alimentação, moradia e muito mais. Por isso, nenhum setor consegue resolver sozinho.
👉 Quando os setores trabalham de forma separada, o impacto é pequeno. Mas quando eles se unem, os resultados aparecem para valer.
Várias cidades brasileiras já provaram que a união entre saúde, educação e assistência social pode mudar a vida das crianças. Isso se chama intersetorialidade: quando todos trabalham com o mesmo objetivo e compartilham informações e ações.
Um bom exemplo é o modelo de gestão matricial, onde cada equipe mantém sua identidade, mas compartilha metas e trabalha em conjunto.
Conselhos municipais ajudam a coordenar as ações
Para que tudo funcione bem, é preciso ter espaços formais de conversa, decisão e acompanhamento. Os conselhos municipais cumprem esse papel:
- COMSEA: Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional
- CMS: Conselho Municipal de Saúde
- CMDCA: Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente
👉 Conselhos que funcionam de verdade se reúnem com frequência, têm voz nas decisões e são compostos por diferentes setores da sociedade, inclusive representantes das famílias.
Além dos conselhos, Comitês Gestores Intersetoriais ajudam a coordenar ações de várias secretarias. Eles devem ter:
- Representantes da saúde, educação e assistência social
- Ligação direta com a prefeitura
- Reuniões regulares
- Um sistema de monitoramento com metas compartilhadas
O que ajuda (ou atrapalha) a integração?
Mesmo com boas ideias, alguns obstáculos ainda dificultam a integração:
- Sistemas que não “conversam” entre si
- Falta de pessoal qualificado
- Disputas entre setores
- Pouco diálogo com a população
Por outro lado, experiências bem-sucedidas mostram o que dá certo:
- Planejamento conjunto entre setores
- Sistemas de informação integrados
- Formação conjunta das equipes
- Trabalho por território (por exemplo: todos atuando no mesmo bairro)
👉 A integração não acontece sozinha. Ela precisa ser planejada, incentivada e sustentada por leis e políticas claras.
A participação das famílias faz toda a diferença

Incluir as famílias na criação das políticas públicas ajuda a garantir que as soluções façam sentido para quem realmente precisa delas. Além dos conselhos, outras formas de participação social também funcionam bem:
- Fóruns comunitários
- Ouvidorias ativas
- Reuniões abertas nos bairros
👉 Quando as famílias participam, as ações são mais bem aceitas, têm mais impacto e duram por mais tempo.
Municípios que criam leis próprias sobre integração entre secretarias costumam manter as boas práticas mesmo quando muda o governo. Essa continuidade é fundamental para que o combate à desnutrição infantil tenha resultados duradouros.
Quando saúde, educação e assistência social se unem, quem ganha é a infância.
🧬 O que aprendemos hoje?

- A desnutrição infantil exige trabalho conjunto entre saúde, educação e assistência social — nenhum setor resolve sozinho.
- Conselhos municipais e comitês intersetoriais fortalecem a coordenação e tornam as ações mais eficazes.
- A participação das famílias nas decisões torna as políticas mais justas, duradouras e alinhadas com a realidade local.
Aqui no Clube da Saúde Infantil, acreditamos: crescer com saúde é mais legal!