Intervenção nutricional: o que é, quando e como fazer

A desnutrição precisa de atenção rápida. Veja quando agir, como escolher o melhor tratamento e quais sinais indicam que é hora de procurar ajuda especializada.

Por que agir logo é tão importante?

A desnutrição pode afetar o crescimento, o desenvolvimento e até a recuperação de quem está doente. Por isso, quanto antes ela for tratada, melhor. Estudos mostram que começar o tratamento cedo pode diminuir o tempo de internação e evitar complicações.

“Cuidar da nutrição logo no início pode reduzir em até 25% o tempo que uma pessoa fica internada” (1).

Como saber qual tipo de ajuda é necessária?

Cada caso de desnutrição é diferente. Por isso, o tratamento deve ser escolhido com base na gravidade da situação. Os profissionais de saúde classificam a desnutrição como:

  • Leve: quando a pessoa ainda está ativa, mas precisa melhorar a alimentação. Nesses casos, o foco é ajustar a dieta do dia a dia e usar suplementos simples, se necessário.
  • Moderada: além da alimentação, a pessoa precisa de suplementos especiais, com mais calorias e proteínas. As consultas devem ser mais frequentes.
  • Grave: quando há risco à saúde, como perda de peso acentuada ou fraqueza extrema. Nestes casos, a pessoa pode precisar de internação e alimentação especial por sonda ou até pela veia.

“Cerca de 70% dos casos de desnutrição leve ou moderada podem ser tratados fora do hospital, com bons resultados” (5).

Quais são as formas de tratamento?

O tratamento da desnutrição pode seguir diferentes caminhos:

  1. Suplementos orais: são fórmulas líquidas ou em pó que complementam a alimentação. A escolha depende do que o corpo mais precisa — calorias, proteínas ou vitaminas.
  2. Alimentação por sonda (nutrição enteral): indicada quando a pessoa não consegue comer, mas o intestino funciona bem. A comida vai direto para o estômago ou intestino por um tubo.
  3. Nutrição pela veia (nutrição parenteral): usada quando o sistema digestivo não funciona. O alimento é dado por meio de um acesso direto na corrente sanguínea.

“Sempre que possível, o tratamento começa pela boca, com suplementos. Só se isso não for suficiente é que se usa sonda ou veia” (6).

Quem deve acompanhar o tratamento?

O ideal é que a pessoa com desnutrição seja acompanhada por uma equipe com diferentes profissionais, como:

  • Nutricionista
  • Médico
  • Enfermeiro
  • Psicólogo
  • Farmacêutico
  • Assistente social

Esse time avalia como o paciente está reagindo ao tratamento e ajusta o plano se for preciso.

“Ter uma equipe completa cuidando da nutrição melhora os resultados em 35% e reduz os custos em 22%” (11).

A pessoa em tratamento deve ser acompanhada de perto. Nos casos leves e moderados, é comum fazer reavaliações a cada 15 dias. Já em casos mais graves, o ideal é avaliar todos os dias durante o período crítico.

Quando procurar um especialista?

É importante encaminhar a pessoa para um serviço especializado quando:

  • O tratamento inicial não deu resultado após 2 a 4 semanas.
  • A desnutrição é grave desde o começo.
  • A pessoa tem outras doenças que complicam a recuperação.
  • É preciso usar sonda por muito tempo ou alimentação pela veia.
  • Há suspeita de distúrbios alimentares, como anorexia ou compulsão.

“A cada mês de atraso no encaminhamento, os riscos de complicações aumentam em 15%” (16).

Cuidar é melhor que remediar 

Agir cedo é a chave para tratar a desnutrição com sucesso. 

Com o acompanhamento certo, a maioria dos casos pode ser resolvida de forma segura e sem complicações graves.

🧬 O que aprendemos hoje?

  • Tratar a desnutrição logo no início reduz complicações, tempo de internação e melhora os resultados.
  • O tipo de tratamento depende da gravidade: pode variar de ajustes na alimentação a suporte por sonda ou veia.
  • O acompanhamento por uma equipe multiprofissional faz toda a diferença e aumenta as chances de recuperação com segurança.

Aqui no Clube da Saúde Infantil, acreditamos: crescer com saúde é mais legal!