Da UBS ao hospital: como a rede de saúde cuida da criança com desnutrição

Veja como funciona a rede de saúde que atende crianças com desnutrição, desde o primeiro cuidado até o tratamento dos casos mais graves.

O primeiro passo: atenção básica

Quando falamos em cuidar de crianças com desnutrição, o primeiro lugar de atendimento é a Unidade Básica de Saúde (UBS) ou a Estratégia Saúde da Família (ESF). Ali, os profissionais de saúde conseguem identificar os primeiros sinais do problema por meio de pesagem, medição e conversa com os responsáveis.

Esse cuidado deve começar cedo, desde o nascimento. Fazer o acompanhamento durante a infância ajuda a evitar complicações graves. Quando a desnutrição é leve ou moderada, a própria equipe da UBS pode cuidar com consultas, orientação sobre alimentação e, se for preciso, suplementos.

👉 Cuidar logo no início evita internações e ajuda a criança a crescer com mais saúde.

Quando é preciso encaminhar para outros serviços?

Se a desnutrição for grave, com sinais como inchaços ou infecções, a criança precisa ser levada para um hospital ou centro especializado. Para isso, os profissionais da UBS seguem um protocolo que define quando e como encaminhar.

Depois que a criança melhora, ela volta a ser acompanhada na UBS. Isso se chama contrarreferência, ou seja, o cuidado continua mesmo após o atendimento especializado.

👉 Encaminhar bem e acompanhar depois é o que garante um cuidado completo.

Cada profissional tem um papel importante

Cuidar da desnutrição infantil envolve uma equipe com diferentes profissionais:

  • Médico ou médica: avalia e trata complicações.
  • Enfermeiro(a): faz o acompanhamento e as pesagens.
  • Nutricionista: orienta a alimentação ideal para a criança.
  • Agente comunitário de saúde (ACS): visita as famílias e ajuda a monitorar.
  • Assistente social e psicólogo(a): quando há questões sociais ou emocionais.

Nos casos mais graves, entram também fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para apoiar o desenvolvimento da criança.

👉 Trabalhar em equipe melhora os resultados e ajuda a criança a se recuperar mais rápido.

E quando a criança precisa de internação?

Existem hospitais e centros especializados preparados para cuidar de crianças com desnutrição grave. Nesses lugares, a criança recebe uma alimentação especial e cuidados intensivos.

Alguns estados do Brasil, como Alagoas e Ceará, criaram centros de recuperação nutricional para cuidar melhor desses casos. O ideal é que cada região tenha pelo menos um serviço especializado.

Cuidado também em casa

Depois da internação ou durante o tratamento, a criança pode continuar sendo acompanhada em casa. Visitas feitas por agentes de saúde e enfermeiros ajudam a garantir que o plano alimentar seja seguido e que a família tenha apoio.

Esse acompanhamento domiciliar é muito importante para evitar recaídas e fortalecer o vínculo com a equipe de saúde.

🧬 O que aprendemos hoje?

  • A atenção básica é o primeiro passo no cuidado da desnutrição infantil e pode tratar grande parte dos casos leves e moderados.
  • Encaminhar corretamente e garantir o retorno ao acompanhamento após internação é essencial para um cuidado contínuo.
  • O trabalho em equipe — na UBS, em centros especializados e nas visitas domiciliares — fortalece o tratamento e previne recaídas.

Aqui no Clube da Saúde Infantil, acreditamos: crescer com saúde é mais legal!