Ultraprocessados Durante a Gestação: O Que Toda Mãe Precisa Saber

Descubra como o consumo de alimentos ultraprocessados durante a gravidez pode afetar a saúde do seu bebê e aprenda alternativas saudáveis para uma gestação mais nutritiva.

Você sabia que os alimentos industrializados que consumimos durante a gravidez podem influenciar a saúde do bebê por toda a vida? Aqui no Clube da Saúde Infantil, reunimos as descobertas mais importantes sobre esse tema para ajudar você a fazer escolhas mais saudáveis para seu pequeno.

O que são alimentos ultraprocessados?

São aqueles produtos prontos para comer que passaram por muitas etapas de industrialização. Pense em biscoitos recheados, refrigerantes, salgadinhos de pacote e comidas congeladas prontas. Eles contêm mais de 5 ingredientes, incluindo substâncias que você não encontra na sua cozinha, como corantes e conservantes.

Por que devemos nos preocupar durante a gravidez?

Pesquisas mostram que gestantes brasileiras estão consumindo muito desses alimentos – cerca de 41% das calorias diárias vêm de ultraprocessados. Isso é preocupante porque:

• Os aditivos químicos podem atravessar a placenta

• Podem causar inflamação no corpo da mãe

• Afetam como os genes do bebê funcionam

• Influenciam o desenvolvimento dos órgãos do bebê

Como os ultraprocessados afetam o bebê?

1. Formação do paladar

A partir do quarto mês de gestação, seu bebê já começa a sentir os sabores dos alimentos que você come através do líquido da barriga. Quando a mãe come muitos ultraprocessados, o bebê pode:

• Desenvolver preferência por alimentos muito doces ou salgados

• Ter dificuldade para aceitar alimentos naturais depois

• Criar “vício” em sabores artificiais

2. Risco de obesidade

Crianças cujas mães consumiram muitos ultraprocessados durante a gravidez têm 73% mais chance de desenvolver sobrepeso até os 7 anos. É como se o corpo do bebê fosse “programado” para guardar mais gordura desde a barriga.

3. Sistema digestivo

O consumo desses alimentos pode afetar as bactérias boas do intestino da mãe e do bebê, aumentando o risco de:

• Alergias alimentares

• Problemas digestivos

• Dificuldades com o sistema de defesa do corpo

Como reduzir o consumo de ultraprocessados?

Dicas práticas e simples:

1. Troque refrigerantes por água com rodelas de limão ou outras frutas

2. Substitua biscoitos por castanhas ou frutas secas

3. Prepare porções de comida caseira e congele

4. Leia os rótulos: quanto menor a lista de ingredientes, melhor

5. Planeje as refeições da semana com antecedência

Sabemos que mudar hábitos não é fácil, especialmente durante a gravidez. Mas pequenas mudanças fazem uma grande diferença na saúde do seu bebê. Aqui no Clube da Saúde Infantil, acreditamos que cada escolha saudável é um passo importante para um futuro melhor. 

🧬 O que aprendemos hoje?

  • Alimentos ultraprocessados podem atravessar a placenta e influenciar o desenvolvimento do bebê.
  • O consumo excessivo aumenta o risco de obesidade infantil, problemas digestivos e cria preferência precoce por sabores artificiais.
  • Trocar ultraprocessados por alimentos naturais é uma escolha importante para a saúde da mãe e do bebê.

Aqui no Clube da Saúde Infantil, acreditamos: crescer com saúde é mais legal!

📚 Referências Bibliográficas

1. Monteiro CA, et al. Public Health Nutr. 2019;22(5):936-941.

2. Sartorelli DS, et al. Pediatr Obes. 2021;16(2):e12722.

3. Spahn JM, et al. Am J Clin Nutr. 2019;109(Suppl_7):1003S-1026S.

4. Louzada ML, et al. Prev Med. 2015;81:9-15.